A intenção nossa, Duo di Taipa, com esse blog é abrir as frestas pra quem quiser ver um pouco mais do nosso universo. E dialogar sobre a vista dos outros a cerca do que temos visto! "Mo pá tudo que lado".

Thursday, December 28, 2006

Cume do Morro (nego gázo)

Me criei de trás do cume
De um morro
Nunca tinha visto além
Pés e terra, descalçado
Espantando gado pra moer a cana, me criei

Só via até o cume daquele morro, nada além
Só via até o cume daquele morro, nada além

Dia que eu imaginei cores d’um céu novo, sonhei
Temia inté pensá o que teria lá de trás do morro
E ouvi Deus:

Fí, ói, a janela do céu só abre se ocê cria asa
Fí, oi, a janela do céu só se abre se ocê cria asa

Nos pés, a terra descalça
No alto, no cume do morro
No dia que eu pisei
O último olhar, foi pra vila, pra trás
Do alto, do cume, do novo
Um morro maior, avistei
Desde o primeiro passo
Nunca mais parei
Desde o primeiro passo
Nunca mais voltei.

1 Comments:

Blogger di taipa said...

Essa letra fala do Pico da Ibituruna e do pensamento que prevalece em GV. Como se aquilo alí fosse tudo que existe no mundo. Foi escrita a partir de uma história verídica que ouví de uma figura popular da terra, o "Seu Orlando", um viajante, como nós.

4:45 AM

 

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