Cume do Morro (nego gázo)
Me criei de trás do cume
De um morro
Nunca tinha visto além
Pés e terra, descalçado
Espantando gado pra moer a cana, me criei
Só via até o cume daquele morro, nada além
Só via até o cume daquele morro, nada além
Dia que eu imaginei cores d’um céu novo, sonhei
Temia inté pensá o que teria lá de trás do morro
E ouvi Deus:
Fí, ói, a janela do céu só abre se ocê cria asa
Fí, oi, a janela do céu só se abre se ocê cria asa
Nos pés, a terra descalça
No alto, no cume do morro
No dia que eu pisei
O último olhar, foi pra vila, pra trás
Do alto, do cume, do novo
Um morro maior, avistei
Desde o primeiro passo
Nunca mais parei
Desde o primeiro passo
Nunca mais voltei.
1 Comments:
Essa letra fala do Pico da Ibituruna e do pensamento que prevalece em GV. Como se aquilo alí fosse tudo que existe no mundo. Foi escrita a partir de uma história verídica que ouví de uma figura popular da terra, o "Seu Orlando", um viajante, como nós.
4:45 AM
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